Você quer ficar mais forte, mas não suporta a academia.
Barulho, repetição, rotina mecânica. Tudo parece um castigo.
A solução é priorizar o básico e o que dá mais resultado, com a maior economia de tempo possível.
🧬 Estratégias e Biohacks — Os três melhores exercícios que existem 🔷🔶
Você não precisa de quarenta exercícios diferentes.
Foque nos mais completos — os que entregam 80% dos resultados no menor tempo. O que vier além é bônus.
Esses são os três movimentos que não faltam na minha rotina:
Levantamento terra
Agachamento livre
Supino
🔵 Levantamento terra
O levantamento terra (deadlift) é o exercício mais simples, temido e importante que existe.
Simples porque basta levantar o peso do chão.
Temido porque muita gente ainda acredita ter colunas de vidro.
Importante porque nenhum movimento recruta tantos músculos e gera tanta força.
Três motivos para fazer terra:
🔹Função: nada é mais útil do que levantar um objeto do chão.
🔹Preensão: treina a força das mãos, que se correlaciona à longevidade e saúde cognitiva.
🔹Cadeia posterior: fortalece posteriores, glúteos, lombar e trapézio, prevenindo lesões e melhorando a postura.
O levantamento terra ativa todo o corpo e melhora a explosão em corridas e saltos.
Quem acha que ele “não pega” o músculo erra o diagnóstico: o terra é base estrutural — o estímulo metabólico vem depois, com isolados como stiff e elevação de glúteos.
Frequência: no início, cargas leves e técnica impecável, até 2×/semana.
Com a progressão, o sistema nervoso precisa de mais recuperação — mãos e antebraços ocupam uma área cortical ampla 🧠.
Com cargas altas, treine a cada 7–15 dias.
🟠 Agachamento livre
É o exercício mais vital. Ensina a levantar da cadeira, subir escadas, evitar quedas.
Ativa quadríceps, glúteos, posteriores, abdome e lombar — o corpo todo em sincronia.
Comece simples: levantar de uma cadeira ou segurar um halter leve.
O foco inicial é aprender o padrão.
Depois, progrida para a barra nas costas e aumente o peso devagar, com supervisão.
A carga axial melhora a densidade óssea e acelera o ganho de força, desde que o progresso seja gradual.
Máquinas como o leg press ou Smith ajudam no começo, mas não substituem o agachamento livre.
Três efeitos-chave: equilíbrio, autonomia e força duradoura.🔸
🔵 Supino
Empurrar é um padrão humano básico — serve para defesa, trabalho e controle postural.
O supino envolve peitorais, ombros e tríceps, mas estabilizar a barra ativa também dorsais, bíceps e abdome.
Para gerar força real, o tronco precisa estar rígido: tensão abdominal e lombar sustentam o empurrar.
Com cargas altas, até as pernas e os glúteos participam.
O supino treina o corpo inteiro: reforça postura, coordenação e autoconfiança.🔹
🔷 E a lombar aguenta?
No estudo LIFTMOR (Watson, 2017), mulheres com osteoporose treinaram pesado por 8 meses:
+13,6% de densidade no fêmur
Ganho funcional significativo
Apenas uma lesão leve em 2.600 sessões.
🔶 Conclusão: o risco não está no peso, mas na execução.
⚠️ Sempre treine e aprenda com um educador físico, e tenha médicos e fisioterapeutas experientes.
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Na edição desse sábado: sarcopenia, prescrição de bicarbonato e manipulados para massa muscular, e interpretação de exames direcionada ao tema.
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💊 Suplementos da Semana — Creatina e Beta-alanina 💙🧡
Os dois campeões da hipertrofia muscular:
🔵 Creatina — aumenta os estoques de fosfocreatina e o ATP muscular.
Mais energia imediata = mais potência, sprints e repetições de força.
✅ 3 g/dia são suficientes.
Sem pausas, em qualquer horário.
🟠 Beta-alanina — eleva a carnosina, retarda a acidose celular e amplia a tolerância ao esforço.
Ideal para séries longas (≥50 s): você faz 1–2 repetições a mais e acumula mais volume.
✅ 4–6 g/dia divididos em pequenas doses.
Leva 4–6 semanas para sentir diferença.
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🧬 Mais estratégias 🔹🔸
🔵 O aeróbico atrapalha o ganho de força?
Só se mal dosado.
Prefira HIIT curto (até 2×/semana).
Cardio moderado: só após o treino de força, 20 min, de preferência bike ou remo.
Separe as sessões de força e cardio por 6–8 h.
🔸 Assim você preserva o estímulo anabólico e aprimora o desempenho cardiovascular.
🟠 Treinar até a falha ou parar antes?
Você não precisa ir até a falha para crescer.
Deixe 1–2 repetições de sobra por série — isso preserva técnica e melhora a recuperação.
Use a falha apenas em exercícios simples (rosca, tríceps).
🔹O progresso vem da sobrecarga progressiva: aumentar aos poucos o peso, as repetições ou as séries.
🔷 Quanto de proteínas? — A verdade sobre a janela pós-treino
A sensibilidade muscular à proteína dura até 24 h após o treino.
O essencial é bater a meta diária, não correr contra o relógio.
Se treinou em jejum ou tem >65 anos: consuma proteína até 1 h depois.
Jovens e adultos: o timing é flexível. Foque em 20–40 g por refeição.
Acima de 65 anos: mire 30 g por refeição, com ~3 g de leucina.
👉A consistência semanal é o que constrói músculo — não o cronômetro.
Alimento | Quantidade para 10 g de proteína | Observações |
|---|---|---|
Whey Protein (concentrado) | 13 g (≈ 1 colher de sopa cheia) | Alta biodisponibilidade e digestão rápida. |
Proteína Texturizada de Soja (seca) | 25 g (≈ 3 colheres de sopa) | Boa fonte vegetal, mas menor valor biológico. |
Proteína de Ervilha em Pó | 15 g | Rico em arginina; digestão moderada. |
Arroz + Feijão (1:1, cozidos) | 150 g (≈ 1 xícara) | Combinação vegetal complementar de aminoácidos. |
Carne Vermelha (patinho, alcatra, etc.) | 50 g (≈ 1 pedaço pequeno) | Fonte completa, rica em ferro e creatina. |
Carne Branca (peixe, sobrecoxa) | 55 g | Alta digestibilidade; variação por tipo de peixe. |
Peito de Aves (frango, peru) | 45 g | Padrão ouro em proteína magra. |
Ovos Inteiros | 1 ½ unidade média (≈ 75 g) | Perfil completo; excelente biodisponibilidade. |
Queijo (médio teor de gordura, ex. minas padrão) | 35 g (≈ 1 fatia grossa) | Boa fonte, porém com gordura saturada. |
Use a tabela acima para contar sua meta de proteínas.
🏋️♂️ Além do Óbvio — Quantas repetições fazer? 🔵🟠
A quantidade de repetições define o tipo de adaptação que o seu corpo vai desenvolver.
Poucas repetições criam potência. Muitas constroem volume. Entre elas, existe uma ponte que equilibra força e tamanho.
Repetições | Foco principal |
|---|---|
1–3 | Força e potência |
4–5 | Força |
6–8 | Força e massa muscular |
9–15 | Massa muscular |
🔁 Estratégia:
Alterne blocos. Poucas repetições constroem adaptação neural e potência. Muitas aumentam o volume e a resistência local.
💡A verdadeira evolução está em mudar o estímulo antes de o corpo se acostumar.
🎨 A Favor da Beleza — “I Am a Rock” de Simon & Garfunkel 🔷🔶
“I am a rock, I am an island.”
Simon & Garfunkel cantaram a solidão como defesa. Mas a força real nasce no oposto — na presença.
Ser uma rocha é estar inteiro no movimento, quando o corpo e o cérebro se encontram no mesmo instante.

Seja presente em cada movimento.
Fique forte como uma rocha. 🔵🟠
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Dr. Christian Aguiar - Contra a Corrente
🔬 Referência:
Watson, S. L., Weeks, B. K., Weis, L. J., Harding, A. T., Horan, S. A., & Beck, B. R. (2018). High-intensity resistance and impact training improves bone mineral density and physical function in postmenopausal women with osteopenia and osteoporosis: The LIFTMOR randomized controlled trial. Journal of Bone and Mineral Research, 33(2), 211–220. https://doi.org/10.1002/jbmr.3284. Wiley Online Library
Leong, D. P., Teo, K. K., Rangarajan, S., et al. (2015). Prognostic value of grip strength: Findings from the Prospective Urban Rural Epidemiology (PURE) study. The Lancet, 386(9990), 266–273. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(14)62000-6. The Lancet
Cui, M., Zhang, S., Liu, Y., Gang, X., & Wang, G. (2021). Grip strength and the risk of cognitive decline and dementia: A systematic review and meta-analysis of longitudinal cohort studies. Frontiers in Aging Neuroscience, 13, 625551. https://doi.org/10.3389/fnagi.2021.625551. Frontiers
Kreider, R. B., Kalman, D. S., Antonio, J., et al. (2017). International Society of Sports Nutrition position stand: Safety and efficacy of creatine supplementation in exercise, sport, and medicine. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 14(1), 18. https://doi.org/10.1186/s12970-017-0173-z. BioMed Central
Trexler, E. T., Smith-Ryan, A. E., Stout, J. R., et al. (2015). International Society of Sports Nutrition position stand: Beta-alanine. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 12, 30. https://doi.org/10.1186/s12970-015-0090-y. BioMed Central
Schoenfeld, B. J., Ogborn, D., & Krieger, J. W. (2017). Strength and hypertrophy adaptations between low- vs. high-load resistance training: A systematic review and meta-analysis. Journal of Strength and Conditioning Research, 31(12), 3508–3523. https://doi.org/10.1519/JSC.0000000000002200. Lippincott
Grgic, J., Schoenfeld, B. J., Orazem, J., & Sabol, F. (2022). Effects of resistance training performed to repetition failure or non-failure on muscular strength and hypertrophy: A systematic review and meta-analysis. Journal of Sport and Health Science, 11(2), 202–211. https://doi.org/10.1016/j.jshs.2021.01.007. ScienceDirect
Wilson, J. M., Marin, P. J., Rhea, M. R., Wilson, S. M. C., Loenneke, J. P., & Anderson, J. C. (2012). Concurrent training: A meta-analysis examining interference of aerobic and resistance exercises. Journal of Strength and Conditioning Research, 26(8), 2293–2307. https://doi.org/10.1519/JSC.0b013e31823a3e2d. Lippincott
Schoenfeld, B. J., & Aragon, A. A. (2018). How much protein can the body use in a single meal for muscle-building? Implications for daily protein distribution. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 15(1), 10. https://doi.org/10.1186/s12970-018-0215-1. BioMed Central
Moore, D. R., Churchward-Venne, T. A., Witard, O., Breen, L., Burd, N. A., Tipton, K. D., & Phillips, S. M. (2015). Protein ingestion to stimulate myofibrillar protein synthesis requires greater relative protein intakes in healthy older versus younger men. The Journals of Gerontology: Series A, 70(1), 57–62. https://doi.org/10.1093/gerona/glu103. PubMed
